Conjunto Capitão Eduardo População: 2398

O Conjunto Capitão Eduardo existe desde janeiro de 1988, quando 150 famílias receberam lotes da Fazenda Capitão Eduardo, desapropriada para receber um aterro sanitário, mas que acabou virando loteamento, na região nordeste da capital.

O Conjunto Capitão Eduardo existe desde janeiro de 1988, quando 150 famílias receberam lotes da Fazenda Capitão Eduardo, desapropriada para receber um aterro sanitário, mas que acabou virando loteamento, na região nordeste da capital. A maior parte dos contemplados estava ligada a Associação dos Sem Casa do Bairro Goiânia e a Amabel – Associação de Moradores de Aluguel de Belo Horizonte. A comunidade fica localizada próxima a BR381, na saída de Belo Horizonte para Vitória, próximo também ao anel rodoviário.

Segundo Moacir Gomes da Silva, então presidente da Associação dos Sem Casa, foram para o Capitão Eduardo, famílias dos bairros Goiânia, Maria Goretti, São José, São Marcos, Nazaré, Parque Jardim Vitória e vários outros. A doação foi feita pelo prefeito Sérgio Ferrara, responsável também pela formação dos Conjuntos Felicidade e Taquaril. A prefeitura, a princípio, doou material para construção: tijolo, pedra, cimento, areia, madeira e telha. Segundo Moacir Gomes, a idéia era ajudar a construir moradias de dois cômodos, mas o material foi insuficiente e cerca de 175 famílias ficaram vários meses morando em barracas de lona. Por causa de obras em outras áreas, acabaram sendo deslocadas para o novo loteamento também pessoas dos bairros Copacabana e Santa Efigênia.

De acordo com Moacir Gomes, famílias vindas de bairros diversos e que não estavam na fila pela moradia invadiram a área, aumentando a necessidade de espaço e material de construção. A maior parte dos moradores só saiu das barracas, depois um convênio com o governo estadual, sob a administração de Newton Cardoso. O convênio, que envolvia a COHAB – Companhia de Habitação de Minas Gerais permitiu a contratação de mão de obra para auxiliar as famílias na construção das casas. No Plano Collor, segundo Moacir, o dinheiro foi retido e faltou a verba para rebocar, pintar e levar água até as casas. Quando o dinheiro foi liberado, a associação utilizou a verba para calçar ruas.
O abastecimento era feito com caminhão pipa. A água também veio com dificuldade, depois do caminhão pipa foram instalados cinco chafarizes na comunidade, de onde os moradores retiravam a água. Segundo Moacir, a luz veio através do Programa Ilumine do governo do estado.

A Igreja Católica, Nossa Senhora da Rosa Mística, completou 21 anos em 2008, de acordo com Moacir, a paróquia é mais velha que a comunidade, porque surgiu quando os moradores, ainda sem teto, oravam para encontrar o terreno. Depois do loteamento houve até a discussão sobre a possibilidade de mudar o nome da comunidade de Capitão Eduardo para Rosa Mística.

O transporte coletivo foi outra dificuldade, segundo moradores, era preciso andar quilômetros a pé, na poeira, até a conquista do transporte coletivo. No princípio, os alunos estudavam longe e, hoje, a comunidade tem a Escola Municipal Governador Ozanam Coelho, no bairro. Para Moacir, a vida na comunidade é muito boa, mas as principais carências são uma escola de ensino médio, uma quadra poliesportiva, um centro cultural e internet a cabo. O Posto de saúde, segundo o líder comunitário, atende a comunidade.

Calendário

FestaMêsDiaLocal
Festa do JudasJunhoPraça da Igreja Católica – Rua Ângela Benareges
Festa JuninaJunhoPraça da Igreja Católica – Rua Ângela Benareges
Conjunto Capitão Eduardo
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Artistas

Capitão Eduardo, Conjunto da dança e do artesanato No Conjunto Capitão Eduardo, a área da dança é a que tem o maior número de artistas, entre capoeiristas, b.boys, grupos de quadrilha e dançarinos de street dance. Em seguida vem o artesanato, com artesãos que fazem arte em pano e em madeira, como é o caso de Wellington Duarte (45), que era operador de processo industrial na área automotiva e na década de 90 começou a escrever em peças de madeira. Quem freqüentou o jardim da infância ou o antigo primário, da década de 80 pra cá, se familiariza rapidamente com as peças feitas por ele em madeira fina, com caligrafia a ferro quente, decalques, colagens ou silks. O negócio feito em casa recebeu o nome de Du’ art’s arte decorativa e manual. Na música, grupos de samba, pop rock, funk e música gospel. Presença também de um grupo de teatro. Ao todo foram 14 artistas cadastrados.