Artista » Carlos Rezende e Wellington Prata

• Área cultural: Música
• Comunidade: Vilas Marieta I e II
• Telefone(s): (31) 3385-1598
• Endereço: Rua Principal, nº. 21 – Vila Marieta I – Bairro Tirol / Barreiro – BH - MG – CEP: 30.622-280
• Classificação: sertaneja;

Descrição:

Terças embaladas ao som de sanfona e violão

A dupla sertaneja Carlos Rezende e Wellington Prata é sucesso nas casas noturnas de Belo Horizonte, mas faz questão do fundo de quintal da Vila Marieta.

Na Vila Marieta, a noite de terça-feira é diferente de qualquer outro lugar da cidade. A festa começa às oito horas, no quintal da casa nº 51 da Rua Principal. Crianças, casais, amigos e famílias inteiras esperam, com a alegria de um sábado de carnaval, pela dupla Carlos Rezende (49) e Wellington Prata (28).

Carlos Rezende é sanfoneiro e já tocou com mestres como Parreirito, Trio Parada Dura; Gino e Geno; Teodoro e Sampaio; Gilberto e Gilmar e César Menote e Fabiano. Já Wellington Prata, primeira voz da dupla, toca violão. Também filho de músicos, é o mais novo dos dois. “Ele tem 28 anos, é o ‘boa pinta’, aquele que faz o sucesso da dupla”, brinca Rezende.

Falar dos dois artistas sem antes contar a trajetória do sanfoneiro é imperdoável. Ele começou a tocar sanfona em 1982, seu primeiro disco veio em 1986, quando fez parte de um trio chamado Ás de Ouro. Com Parreirito, do “Trio Parada Dura”, tocou de 1987 a 1989 e daí em diante seguiu carreira solo até 2002. Foi quando decidiu se juntar a Wellington Prata.

A dupla vive da música e faz sucesso por onde passa: o estilo sertanejo moderno se mistura ao caipira e ao instrumental. “Tocamos em casas de shows de quinta a Domingo, em lugares como Arrasta Pé, em Betim; Peixe Vivo e Caipirão, no Eldorado, e Engenho, em Venda Nova”, conta o sanfoneiro.

O sucesso da dupla aponta para permanência do estilo musical. “A músicas sertanejas voltam com muita força diante da carência de coisas bonitas. E a gente toca como se fosse religião”, diz Carlos Rezende.

A música veio para a dupla como herança de família. Apesar de ter outros músicos em casa, Carlos Rezende conta que aprendeu a tocar acordeon sozinho. Para ele, o sentimento do músico pelo que faz é fundamental. “Tem sempre alguém que toca melhor que você, mas que não tem esse coração para tocar”, conta o sanfoneiro.

A dupla já possui dois CDs e um DVD gravados, mas reclama da mídia quando o assunto é a execução de suas canções: “é o famoso jabá, quem tem dinheiro paga pra tocar”, desabafa Rezende. Entretanto, ressalta que nem os obstáculos o fazem perder esse amor pela música. Há os que pensam que “santo de casa não faz milagre, mas quem tem aquele sentimento de pertencimento à Vila Marieta, tem orgulho da gente”, comemora.