O crescimento populacional da Regional Ana Lúcia começou a partir de 1960. Antes disso, só existia um povoamento muito incipiente, sem nenhuma infraestrutura. Quem nomeou o bairro que posteriormente deu nome à regional foi o proprietário da empresa Fayal, a quem pertenciam as terras do local. O nome foi uma homenagem à filha caçula do empresário, como conta Fábio César Vianna, que viveu 33 anos no bairro.Ele lembra que, em 1975, não havia água, esgoto e muito menos calçamento por lá. Depois da constatação, pelos órgãos públicos, de que o índice de poluição das cisternas estava alto, alguns moradores se uniram para fundar a associação comunitária, que até hoje exerce um papel fundamental na busca de melhorias para a região. “Em algumas ruas pagamos para colocar postes, tivemos que pagar para organizar a numeração do bairro, isso no fim da década de 1970”, conta ele.A senhora Maria das Dores Siqueira, primeira presidente da associação comunitária do bairro Alvorada, lembra que, na década de 60, o povoamento do local também era precário, com poucas casas e nenhuma urbanização. Ela conta que a associação exerceu um papel de liderança para conquista de melhorias. Ao falar sobre o processo de calçamento do bairro, ela diz que “cada um pagava o pedaço de sua rua […]. O material vinha de carroça”. E completa que as demais carências “eram de água, de luz e ônibus”.Atualmente, a Regional Ana Lúcia possui infraestrutura privilegiada em relação a outras regiões. Como sugere Fábio, o que falta é só um trabalho de valorização do local, para que haja “a manutenção de tudo que foi conquistado”.