Santana dos Montes População: 3944

Desde o final do século XVII a descoberta de ouro no território das Minas Gerais foi responsável por grande deslocamento de pessoas rumo à parte central do estado. Colonos e imigrantes de vários lugares iniciaram o povoamento das terras e em pouco tempo surgiram diversas freguesias, vilas e arraiais.

Desde o final do século XVII a descoberta de ouro no território das Minas Gerais foi responsável por grande deslocamento de pessoas rumo à parte central do estado. Colonos e imigrantes de vários lugares iniciaram o povoamento das terras e em pouco tempo surgiram diversas freguesias, vilas e arraiais.

Embora o território de Santana dos Montes não tenha contado com ricas minas de ouro, sua localização fez com que o povoamento fosse também influenciado pela atividade aurífera. Entre a segunda e a terceira década do século XVIII surgiram na região, à época conhecida como Morro do Chapéu, vários sesmeiros e posseiros que passaram a desenvolver atividades agropecuárias baseada em grandes propriedades rurais, com uso da mão-de-obra escrava.

Com o crescimento da rede de fazendas e do fluxo de pessoas que circulavam entre as comarcas do Rio das Velhas, Vila Rica e Rio das Mortes por motivo das atividades de extração do ouro, logo Morro do Chapéu viu surgir um pequeno núcleo urbano.

A pedido de Antônio Duarte Correia e Manuel André Pinto foi erguida a primeira capela na parte mais alta do local, dedicada à Santana. No entorno do largo da capela foram edificadas as casas dos fazendeiros e proprietários de terras e mais abaixo, junto à confluência dos rios e ao longo da estrada havia algumas pequenas edificações pertencentes a garimpeiros, comerciantes e escravos libertos.

Após um longo período de lento crescimento, o núcleo urbano de Morro do Chapéu passou à distrito da freguesia de Itaverava com o nome de Santana do Morro do Chapéu no ano de 1840. Dez anos mais tarde o distrito passa a pertencer à Freguesia de Queluz, atualmente município de Conselheiro Lafaiete.

As atividades rurais ainda eram econômica e politicamente as mais importantes do local que além da cultura da cana para produção de açúcar, cachaça e derivados contava com o cultivo de milho, feijão, arroz, mamona e tecidos de algodão e lã.

A partir de 1870 o distrito passa por intensas modificações e aceleração do crescimento impulsionado pelo deslocamento das populações de ex-escravos que vinham residir nas áreas urbanas, além da instalação da Estrada de Ferro Central do Brasil, com estação em Queluz. A estrada facilitou o escoamento da produção local para o Rio de Janeiro o que foi decisivo para tornar a cana-de-açúcar, o café e os produtos têxteis os mais importantes da região reconhecidos em terras nacionais e internacionais.

Durante o século XX o local desenhou um novo perfil. Ainda como distrito teve seu nome sucessivamente alterado para Morro do Chapéu (em 1923), Catauá (em 1943) e finalmente para Santana dos Montes (em 1948). Em 1962 através da Lei n˚ 2764 de 30 de dezembro o município é enfim criado, sendo constituído pelos distritos Sede e Joselândia (antigo São José do Carrapicho). As áreas rurais até a metade do século mais extensas e mais populosas passaram por um esvaziamento ao passo que a área urbana contou com alto crescimento populacional chegando no próximo século a equilíbrio entre a população urbana e rural.

A agropecuária já não é mais a atividades econômica mais importante, sendo hoje somente para subsistência. O setor de comércio e serviços é o que mais emprega atualmente, e a cidade apresenta grande potencial turístico tendo em vista o vasto acervo do patrimônio cultural seja pelas atrações naturais ou pelo patrimônio histórico.

Santana dos Montes
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Artistas

Quase 40% dos artistas da Vila São José são músicos Dos artistas cadastrados na Vila São José, a maior parte é da área da música. Entre eles está o rapper Simpson (23), um campeão nacional de Free Style que acaba de realizar o sonho de gravar um CD, feito com o dinheiro de um prêmio. A maioria dos músicos é do rap, com presença de integrante do conhecido grupo Realistas NPN. Tem também cantores de forró, sertanejo, funk e representante da música erudita. A área das artes plásticas tem grafiteiros e artistas que fazem pintura em tela e em telha. Entre os artesãos há quem faça crochê, ponto cruz e bordado. Ao todo foram 19 artistas cadastrados, alguns deles em mais de uma área, representando o artesanato, a música, a literatura, a dança, as artes plásticas e o teatro.