Graffiti transforma favela em museu

Por : Daniela Vieira
A ONG Museu de Favela – ou MUF, como é carinhosamente conhecida – é integrada por moradores do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo e desenvolve projetos que visam transformar o morro em um monumento turístico tipicamente carioca.
O MUF começou como um vento de idéias de moradores insatisfeitos com o estado das coisas e com muita motivação e energia para promover mudanças.
Pensando assim, o graffiteiro autodidata Carlos Esquivel, de codinome Acme, deu início ao Circuito Casas-Telas, projeto que transforma casas da favela em obras de arte por meio do graffiti. Acme é reconhecido e respeitado entre os demais. Já participou e coordenou diversos eventos de arte contemporânea e cultura hip hop no Rio de Janeiro e no exterior.
Para realizar o sonho de criar sobre os muros do morro, Acme convocou um grupo de amigos graffiteiros de peso, enriquecendo a galeria mais inovadora quando falamos em arte urbana.
O circuito conta com vinte e seis casas-telas, dois portais de acesso e dez esculturas que funcionam como placas direcionais aos visitantes. O resultado é um show multicor de traços perfeitos que reproduzem o cotidiano dos guetos.
Perguntado sobre a importância do museu para a comunidade, Acme foi enfático:
“A intenção é integrar, interagir, resgatar a cultura da favela e fazer a comunidade se orgulhar do seu lugar. É mostrar para o mundo que o graffiti e a cultura hip hop são linguagens artísticas de rua que devem ser respeitadas. Nossa arte não é marginal”!
Assim surgiu a visão de futuro que se tornou o macro-objetivo do MUF: Transformar o morro em um MONUMENTO TURÍSTICO CARIOCA da História de Formação de Favelas, das Origens Culturais do Samba, da Cultura do Migrante Nordestino, da Cultura Negra, de Artes Visuais e de Dança.
Um grande roteiro de visitação turística nacional e internacional da Cidade do Rio de Janeiro.
Para saber mais sobre o Museu de Favela e o Circuito Casas-Telas, visite: www.museudefavela.com.br