O que é que o Balaio de Feira tem? Edições da Mostra da Diversidade Cultural resultaram em vasto acervo disponível para a população

A edição 2022 está com inscrições abertas até o dia 27 de julho de 2022

Tem Vaquejada, literatura de cordel, comida típica, cultura popular, fotografia e animação. Tem capoeira e samba de roda, manga rosa e Quixabeira da Matinha. Tem malabares e dança de rua, grafitti, Mercado de Arte Popular, Centro Universitário de Cultura e Arte, artesanato e entroncamento. Tem a história do município no Balaio de Feira, como bem retrata o grupo musical Africania, no jingle de divulgação da Mostra da Diversidade Cultural 2021.

Ao longo de quatro edições, o projeto realizado pela ONG Favela é Isso Aí, dentro do programa Forma e Transforma, da Fundação ArcelorMittal, resultou em um vasto acervo cultural sobre Feira de Santana, que pode ser acessado por todos. A quinta edição do evento acontece este ano e as inscrições estão abertas.

Patrocinada pela Belgo Bekaert Arames, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Mostra teve a primeira edição em Feira de Santana no ano de 2018. Já são quatro edições, com uma diversidade de registos e produtos apresentados pelos participantes e que podem ser acessados nas páginas da Favela é Isso Aí: site (favelaeissoai.com.br), na página da Mostra da Diversidade (favelaeissoai.com.br/mostra-diversidade-cultural/); e Youtube (ONG Favela é Isso Aí). Além dos produtos, a Mostra também promoveu uma série de atividades culturais ao longo das quatro edições já realizadas.

A primeira teve o tema Cultura e Desenvolvimento Local. Nove grupos foram premiados e realizaram pelo menos duas ações gratuitas em praças, escolas e distritos. Naquela edição aconteceram 58 eventos, além da atividade final na Praça Froes da Mota, uma das principais da cidade, e ações voltadas para a diversidade cultural no Casarão Froes da Mota, como roda de capoeira, filarmônica, grafitti e dança.

Já em 2019, na segunda edição, a Mostra selecionou 13 iniciativas e cada premiado fez uma série de oficinas e apresentações gratuitas. Durante alguns meses, foram realizados 44 eventos culturais – Mostras intermediárias, para um público de mais de 10 mil pessoas. Um dia antes da mostra final, que seria 15 de março de 2020, foi decretada a suspensão de atividades, em função da pandemia da Covid-19 e o evento final não pode ser realizado.

Em 2020, com a suspensão de atividades presenciais e dificuldades enfrentadas por artistas e grupos, os organizadores da Mostra se anteciparam à iniciativa que posteriormente viria através da Lei Aldir Blanc e divulgaram um edital de emergência cultural. 46 iniciativas foram selecionadas, com valor de premiação reduzido para contemplar um maior número. O foco dessa terceira edição foram ações de registro do patrimônio cultural de Feira de Santana, com lives artísticas, documentários, vídeo em animação, videoaulas e livros publicados, entre outros produtos culturais.

Na quarta edição, em 2021, a Mostra foi semipresencial e com duas categorias. Premiou sete propostas de projetos experientes, com R$ 7 mil reais cada; e 13 de R$ 4 mil, que foram os projetos iniciantes. Cada um deles tinha que fazer uma ação virtual – vídeo, debate, livro… – e depois uma apresentação final. A expectativa era de um evento para o público presencial, mas como ainda não havia sido liberado devido à pandemia, as apresentações foram gravadas ao vivo, em um teatro, e disponibilizadas no Youtube. Essa edição teve mais de 200 inscritos.

“Os números crescentes expõem a grande adesão dos artistas feirenses à Mostra. A cada ano temos mais gente sabendo da proposta e mais gente se inscrevendo, o que é muito importante para o projeto, que visa contribuir, incentivar, valorizar e registrar a cultura e o patrimônio imaterial de Feira de Santana”, ressalta a antropóloga Clarice Libanio, que é coordenadora da ONG Favela é Isso Aí e da Mostra da Diversidade Cultural.

Tamylla Rosa, responsável pela comunicação da Belgo Bekaert em Feira de Santana, ressalta que é animador ver a Mostra consolidada e com tantos resultados significativos para a cultura local. “Ficamos imensamente felizes e orgulhosos de apoiar os talentos da cidade e colher com eles todos esses frutos”, frisa.

Edição 2022

Pessoas físicas e jurídicas (exceto servidores públicos ou pessoas com cargos políticos) diretamente responsáveis pela execução de projetos culturais e socioculturais sediados e desenvolvidos em Feira podem participar da edição 2022 da Mostra, com um projeto cada, (regulamento https://drive.google.com/file/d/1ZkpaYTJxuTx11_8klGvJRr3HAtExEXQb/view) . A inscrição é gratuita e deve ser feita exclusivamente online até às 18 horas do dia 27 de julho, no link (https://forms.gle/5VYJvDwCJXtHNKWm9), que também pode ser encontrado na página da Mostra no Facebook (Mostra Cultura FSA), no Instagram (@mostraculturafsa).

Sobre Favela é Isso Aí

Favela é Isso Aí é uma associação que surgiu como fruto do Guia Cultural de Vilas e Favelas, idealizado pela antropóloga Clarice Libânio e publicado em agosto de 2004. A organização foi criada com o objetivo de proporcionar a construção da cidadania a partir do apoio e divulgação das ações de arte e cultura das periferias, além de promover geração de renda para os artistas, melhorar as condições do fazer artístico e acesso ao mercado cultural.

Sobre o programa Forma e Transforma

Há mais de uma década, o programa Forma e Transforma atua em prol do desenvolvimento da cultura local, promovendo a formação artística e empreendedora, além de valorizar o patrimônio das localidades e estimular o desenvolvimento local por meio da arte e da cultura. O programa atua na realização de editais via Leis de Incentivo à Cultura.

Sobre a Belgo Bekaert Arames

A Belgo Bekaert é líder brasileira na transformação de arames de aço desde sua criação, fruto da parceria estratégica no Brasil entre a ArcelorMittal e a Bekaert. A empresa atua nos segmentos de Agronegócios, Cercamentos, Construção Civil, Automotivo, Solda, Aplicações Especiais e Indústria Petrolífera, oferecendo um mix de produtos e serviços que atendem com tecnologia de ponta, confiabilidade e qualidade aos mais diversos perfis de clientes.

Atualmente a empresa possui 9 unidades: 5 em Minas Gerais, sendo duas na cidade de Contagem, e fábricas únicas em Vespasiano, Sabará e Itaúna; duas na Bahia, na cidade de Feira de Santana; e duas em São Paulo, nas cidades de Osasco e Sumaré.

Sobre a Fundação ArcelorMittal

Criada em 1988, a Fundação ArcelorMittal atua com o propósito de transformar a vida das pessoas de forma coletiva e participativa, compartilhando conhecimento e inovação, contribuindo para a inclusão e a formação de cidadãos. A Fundação atua em três eixos prioritários: Educação, Cultura e Esporte.

Na área de Cultura, a Fundação atua principalmente no campo da formação e de democratização do acesso às artes. Realiza o Diversão em Cena, maior programa de formação de público para teatro infantil do Brasil, que leva uma programação regular de espetáculos de forma gratuita ou a preços populares para várias cidades do país. Já por meio do programa Forma e Transforma, a instituição promove iniciativas com foco na formação de artistas, empreendedores e gestores culturais, além de promover a valorização e desenvolvimento da cultura das localidades, a partir da realização de editais.

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