Juiz de Fora recebe pela primeira vez eventos da Mostra da Diversidade Cultural

As atividades, totalmente gratuitas e abertas ao público, acontecem a partir de 27 de janeiro, com o patrocínio da ArcelorMittal


Espetáculo O Grande Cirquinho com o ator e artista circense Luiz Bonzaver é uma das atrações da Mostra da Diversidade

A Mostra da Diversidade Cultural: imagens da cultura popular é um projeto iniciado em 2008 pelo Favela é Isso Aí e que desde 2016 integra o Programa Forma e Transforma da Fundação ArcelorMittal. Nesta edição, o patrocínio da ArcelorMittal é viabilizado através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e tem o apoio da ACAV, Praça CEU, FUNALFA e Prefeitura de Juiz de Fora.

O principal objetivo da Mostra é apoiar e divulgar a produção cultural dos agentes culturais, dos artistas e das comunidades existentes nas cidades por onde passa, a partir de ações variadas: formação artístico-cultural, premiações e apresentações culturais, além de atividades de contrapartida social em escolas, espaços públicos e instituições do terceiro setor.

Em todo Estado de Minas Gerais, as edições anteriores contemplaram mais de 70 grupos culturais e iniciativas locais, com ações e mostras artísticas que envolveram parte da diversidade cultural existente. Na edição de 2022, por exemplo, a Mostra foi estendida para 10 municípios mineiros, além da cidade de Feira de Santana, na Bahia, com mais de 120 projetos premiados.

No caso de Juiz de Fora, que recebe pela primeira vez uma edição da Mostra da Diversidade Cultural, foram selecionados 25 projetos, entre cerca de 100 inscrições recebidas. A seleção buscou se pautar pela descentralização das produções e pela diversidade de manifestações locais.

Assim, o resultado, que será apresentado a partir do mês de janeiro para o público em geral, traz um panorama das diversas manifestações artísticas e culturais existentes no município, sejam elas voltadas para divulgar os trabalhos desenvolvidos por grupos femininos, sejam para o público LGBTQIA+ ou para valorizar e dar mais visibilidade local e regional às culturas populares brasileiras, afro-brasileiras, indígenas e que são realizadas por artistas e grupos locais.


“Quando o Carnaval voltar”, mostra fotográfica de Gabriel Brandão na Mostra da Diversidade

Entre os grupos participantes há projetos das áreas de música, teatro, hip hop, capoeira, fotografia, dança, circo, poesia, grafite e artes integradas. De acordo com Adriana do Carmo, Gerente de Investimento Social da Fundação ArcelorMittal, a riqueza da cultura juiz-forana fica explícita na diversidade do conteúdo da Programação da Mostra. Para ela, “essa é apenas a primeira edição de muitas, fruto de uma parceria entre a empresa, o Governo do Estado, a Prefeitura, representada pela FUNALFA, e a ong Favela é Isso Aí, o que mostra uma convergência de ideias e esforços em prol do fomento e do fortalecimento da cultura local.”

Mais de 300 profissionais estão envolvidos na realização da Mostra da Diversidade Cultural JF, que está programada para ocorrer nos dias 27, 28 e 29 de janeiro com programação no Centro de Artes e Esporte Unificados (Praça CEU) e nos dias 04, 05 e 10 de fevereiro em outros pontos da cidade, como o Viaduto Hélio Fadel e a Associação de Moradores de Monte Verde (confira a programação completa ao final).

O público poderá ver, por exemplo, shows da cantora e compositora Alessandra Crispin; projeto musical Flora Brasilis, com o violinista André Ravi; grupo Mulheres do Samba de JF; Afrolata Expressões; Bloco Afro Muvuka; Grupo Juiz de Fora em Serenata e ZumZumZum convida Vinil é Arte. Ainda haverá um Workshop Percussivo de Ritmos, com as musicistas Rozita Boechem e Jana Castro.

A cultura popular e afro-brasileira será representada pelo Grupo Afoxé de Oyá, com uma apresentação que reúne música e dança e pelos grupos de capoeira Mulheres de Bambas e a Associação de Capoeira Corpo e Alma, com a presença de vários mestres da região. Na dança haverá aula-show do Gafieira para Todos e a performance Fragmento Vermelho, do Grupo NUN.  

A Mostra conta ainda com o espetáculo Pedepoesia, do grupo Caravana de Histórias; música e causos, com o compositor Fabrício Conde; cortejo e apresentação O Grande Cirquinho, com o ator e artista circense Luiz Bonsaver; Cia EITA!, com uma intervenção artística seguida de cena do espetáculo infanto-juvenil “Assinado Téo” e a Confraria dos Poetas, que promoverá uma Roda de Poesia com os finalistas de Slams Interescolares.  

A cena do hip hop de Juiz de Fora estará representada pelos projetos Espaço Hip Hop, Batalha Diversa e Café com Hip Hop. Acontecerão batalhas, grafite, apresentações de Breaking, entre outros elementos do movimento de arte urbana. Nas artes visuais a Mostra conta com duas exposições: a primeira, intitulada “Quando o Carnaval Voltar”, do fotógrafo Gabriel Brandão; e a outra “O beco é a saída”, do coletivo Beco Casa de Cultura.

Entre as ações descentralizadas o projeto Trava Ball, da Ballroom Kunt JF, participa da Marcha Trans, no Dia da Visibilidade Trans. E por fim a Mostra deixará como legado a 85ª Sereia da Mata, intervenção de grafite da artista multidisciplinar afro-indígena Renaya Dorea.

A Mostra prossegue até março, com atividades de contrapartida de formação e transmissão de saberes realizadas em escolas, instituições filantrópicas e espaços públicos e comunitários de Juiz de Fora.

Clarice Libânio, coordenadora da ONG Favela é Isso Aí e da Mostra da Diversidade Cultural, aponta que, além de reconhecer, premiar e divulgar os fazedores culturais e suas ações em prol da cultura local e regional, a iniciativa funciona também para mapear a cultura existente nas comunidades e contribuir para a preservação e manutenção destas manifestações locais. “O projeto é realizado desde 2008 e já beneficiou mais de mil artistas com ações formativas e de formação de público, através de Mostras presenciais e também online durante a pandemia”, disse Clarice Libânio.

A Mostra da Diversidade Cultural: Imagens da Cultura Popular é um projeto da ONG Favela é Isso Aí, viabilizado com o patrocínio da ArcelorMittal, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Conta com o apoio da ACAV, Praça CEU, FUNALFA e Prefeitura de Juiz de Fora e realização do Governo de Minas Gerais.

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