Exposição Comemorativa Mostra da Diversidade Cultural

Audiodescrição

Nenhum lugar é feito de uma só coisa.
Só café ou só aço? Só balé ou só artesanato?
Ou isto ou aquilo, como nos perguntou um dia Cecília Meireles?
Será preciso ser uma coisa só? Será possível?
Ou somos e devemos ser tudo ao mesmo tempo agora?

Tentar se definir, como povo ou território, é pensar em identidade, e quando falamos em identidade só é possível falar no plural.

Aqui em Minas gostamos muito de usar a famosa frase de Guimarães Rosa: “Seu orbe é uma pequena síntese, uma encruzilhada; pois Minas Gerais é muitas. São, pelo menos, várias Minas”.

Se, por um lado, o escritor falava das riquezas do território mineiro – da economia do café com leite e do famigerado minério, dos rios e da diversidade de espécies –, por outro falava da gente, do jeito mineiro, de suas cidades e sua pluralidade.

Certamente aqui é o lugar da diversidade cultural: da música, do teatro, da dança, dos causos, das tradições religiosas, da benzedeira e da artesã, e, claro, do queijo, do pão de queijo, da cachaça da roça e da rapadura com cidra...

Há muitas Minas, não só por suas muitas cidades, mas pelas muitas culturas que vivem em cada uma delas. Nenhum lugar é só isto ou só aquilo. Ninguém pratica uma só cultura. As pessoas são múltiplas; as culturas e as identidades são plurais.

Seja na cultura, no patrimônio cultural, no atrativo natural ou na economia, é na pluralidade que reside a verdadeira identidade de um povo e, mais ainda, suas melhores chances de sobrevivência no tempo.

Para nós, do Favela é Isso Aí, é uma alegria ser-estar em territórios tão diversos nesses 21 anos de vida.

Em cada cidade, em cada comunidade, em cada vila, cada zona rural, em cada casa, em cada escola, em cada centro cultural, em cada turma de alunos, em cada território, em cada espaço que circulamos temos conhecido gentes diferentes, culturas diferentes, desejos diferentes e realidades que trazem sujeitos diferentes para os nossos olhos.

E é isso que queremos compartilhar nessa exposição com você, visitante.

Boa viagem na cultura popular!

  • Abaeté

    Abaeté

    Mostra da Diversidade de Abaeté, 2023.

    Foto: Marcus Vinícius Teixeira

    Eder Braga, capitão da Guarda Moçambique Essência da Liberdade da Irmandade do Congado Real de Abaeté.

    Abaeté, terra do violeiro Renato Andrade, tem muitos grupos de congado, sendo famosa pelas festas de Nossa Senhora do Rosário. Há ainda a tradição das folias, da capoeira e da festa de Santo Antônio, que ocorre em Tabocas, zona rural, com fogueiras de aproximadamente 30 metros de altura.

    Além disso, são celebradas as quadrilhas juninas, a festa do peão, a cavalgada, os desfiles de Sete de Setembro e de carros de boi, a queima do alho, o carnaval (Abaetéfolia) e os encontros de violeiros e muitas outras manifestações populares.

    Cartaz

    Audiodescrição

  • Bom Despacho

    Bom Despacho

    Festa de Reinado de Nossa Senhora do Rosário, 2023.

    Foto: Acervo Prefeitura Municipal de Bom Despacho.

    Bom Despacho é uma cidade rica em heranças ancestrais, como a Língua do Negro da Costa ou Dialeto da Tabatinga, as tradições do Reinado de Nossa Senhora do Rosário e as ações dos grupos de capoeira da cidade, dentre outras manifestações culturais.

    Assim como a festa do Reinado, são bens culturais registrados a Banda de Música do 7º Batalhão da Polícia Militar e os tradicionais modos de fazer a viola de bambu do Seu Cabral das Violas, o famoso biscoito de queijo e os doces caseiros da Dona Judite.

    Na diversidade local, há iniciativas de música, dança, gastronomia, artesanato, além de outras áreas culturais e linguagens artísticas.

    Cartaz

    Audiodescrição

  • Dores do Indaiá

    Dores do Indaiá

    Festa de Nossa Senhora do Rosário de Dores do Indaiá, 2022.

    Foto: Sueli Santos

    Em Dores do Indaiá acontecem várias manifestações populares, sendo a mais tradicional a Festa de Nossa Senhora do Rosário, considerada a de maior expressão e patrimônio cultural do povo dorense, com quase 200 anos.

    Além dos congados, destacam-se as folias, as violas de Minas, a capoeira e a Exposição Agropecuária de Dores do Indaiá, a Semana Santa, as festas juninas, as cavalgadas e a Festa dos Caboclos do Sertão, além da realização de eventos anuais.

    Cartaz

    Audiodescrição

  • Martinho Campos

    Martinho Campos

    Festa Junina, Forró na Praça, 2019.

    Foto: Marcus Vinícius Teixeira

    Martinho Campos é palco de festas religiosas e populares, como a Festa de Nossa Senhora da Abadia, o Carnaval, as festas juninas, a Semana Santa, o Festival do Pequi, etc.

    A diversidade cultural inclui a cultura dos indígenas Kaxixó, as corporações musicais, violeiros, folias, a dança da catira, o forró, a capoeira, o maculelê e artistas de diversos gêneros musicais. O artesanato é rico e variado e, na culinária, são referências a paçoca de carne e o doce de leite da Festa de Santa Rosa de Lima de Buriti, bens imateriais registrados.

    Cartaz

    Audiodescrição

  • Quartel Geral

    Quartel Geral

    Folia de Reis Estrela do Oriente, aniversário da cidade, 2023.

    Foto: Felipe Deriks

    Quartel Geral registra diversas manifestações da cultura popular, como a Festa de Nossa Senhora do Rosário - organizada pelos ternos de congado - as folias de reis, a Festa do padroeiro Divino Espírito Santo, a Festa de São Sebastião, as cavalgadas, a e a capoeira, além de outras tradições.

    A presença negra é marcante na comunidade Cabeceira do Brejo, formada por descendentes de negros escravizados ligados ao Terno Moçambique, o congado mais antigo da cidade.

    Entre as várias manifestações locais, destaque para o grupo de dança SUPERARTES.

    Cartaz

    Audiodescrição

  • João Monlevade

    João Monlevade

    Associação Cultural dos Congados de Laranjeiras.

    Foto: Sergio Henrique da Silva Braga

    Cidade essencialmente industrial, marcada pela instalação da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, hoje ArcelorMittal.

    Na cultura popular estão as Associações Culturais de Congado, a capoeira, os grupos musicais tradicionais e as Feiras de artesanato e gastronomia da cidade, dentre outras manifestações locais.

    A diversidade cultural monlevadense conta com artistas e grupos destacados na música, na dança, nas artes visuais e literárias, no Hip Hop e demais linguagens, além de importantes iniciativas de matrizes africana e afro-brasileira.

    Cartaz

    Audiodescrição

  • Carbonita

    Carbonita

    Grupo Dança da Fita de Abadia, SIPIN/ArcelorMittal, 2023

    Foto: Marcus Vinícius

    A cultura popular de Carbonita é repleta de tradições. Exemplos são as folias de Reis e do Divino, festas religiosas e populares, cavalgadas e outras manifestações culturais, como a Roda de Trespassar, as cirandas, a Dança da Fita, a Dança das Baianas e o costume de cantar versos e cantigas na beira do Rio Jequitinhonha ao som de violas.

    Além da dança e da música regional, são destaques o artesanato com técnicas e materiais diversos e os saberes culinários, que incluem a feitura de quitandas, doces e pratos típicos da região.

    Cartaz

    Audiodescrição

  • Senador Modestino Gonçalves

    Senador Modestino Gonçalves

    Cortejo de grupos da cultura popular (Folia de Reis Renascer da Tradição, Pastorinhas e Cia de Teatro Reconto), Mostra da Diversidade de Senador Modestino Gonçalves, 2023.

    Foto: Adryel Ribeiro

    Dentre as manifestações culturais encontradas em Senador Modestino Gonçalves, destacam-se a cavalgada de Nossa Senhora das Mercês, padroeira da cidade, além da marujada, a Festa do Divino, a Festa do Modestinense Ausente, a Folia de Reis Renascer da Tradição, as Pastorinhas, as danças das Peneiras e do Caboclo e a Cia de Teatro Reconto.

    A cidade é famosa pela produção artesanal do queijo, requeijão e rapadura.

    O artesanato local é feito com palhas de bananeira e milho — patrimônio imaterial modestinense —, argila, cabaça e outros materiais recicláveis pelo grupo Arte de Criar Memórias.

    Entre os artistas locais encontram-se violeiros, músicos regionais, grupos de dança, contadores de histórias, causos e lendas.

    Cartaz

    Audiodescrição

  • Juiz de Fora

    Juiz de Fora

    Carnaval de Juiz de Fora, 2024.

    Foto: Secom/Prefeitura Municipal de Juiz de Fora

    Juiz de Fora se destaca por seu patrimônio material e também imaterial, com variadas manifestações da cultura popular, como a capoeira, o samba, o batuque, o carnaval, as folias de reis, dentre outras tradições.

    A cidade é reconhecida pela valorização da cultura LGBTQIAPN+ e pelo concurso Miss Brasil Gay, realizado há anos.

    A cultura afro-urbana e as artes de rua são fortes referências da juventude em várias periferias.

    Cartaz

    Audiodescrição

Acompanhe nas redes sociais