Vila Imbaúbas População: 1890

O local onde fica a Vila Imbaúbas, antes da ocupação, em 1962, era um terreno com plantação de eucaliptos. O dono da área, conhecido como Luciano, era proprietário de vários terrenos na região oeste de Belo Horizonte.

A Vila Imbaúbas nasceu no Dia da Independência do Brasil, uma marcha rumo a conquista da moradia.

O local onde fica a Vila Imbaúbas, antes da ocupação, em 1962, era um terreno com plantação de eucaliptos. O dono da área, conhecido como Luciano, era proprietário de vários terrenos na região oeste de Belo Horizonte. Atualmente moram no terreno, que tem 32.000m², cerca de 720 famílias e um total de 3.000 moradores. De acordo com as lideranças entrevistadas pela ONG Favela é Isso Aí, 80% das famílias são as mesmas da época da ocupação. Com mais de 40 anos e muitos dos mesmos moradores, ainda existe divergência quanto ao nome da vila, que é Embaúbas para os moradores, e Imbaúbas para a Prefeitura, na versão oficial.

Em entrevista a ONG Favela é Isso Aí, os moradores mais antigos da vila contaram que no começo da ocupação houve conflitos e as pessoas precisavam organizar-se às escondidas, devido à ditadura militar. Luiz Carlos Cordeiro conta que as ações de ocupação precisavam ser bem planejadas e organizadas, pois sempre que iam ocupar o terreno eram retirados pela polícia. A ocupação foi realizada em massa no dia 7 de setembro, aproveitando o desfile da Polícia Militar na Avenida Afonso Pena. Outras áreas foram ocupadas na mesma data, originando: Vila Oeste, Cabana, Vista Alegre, além da Vila Imbaúbas.

Pessoas originárias de diversos pontos de Minas Gerais participaram da ocupação: Teófilo Otoni, Governador Valadares, Mantena e Mantipó estão na lista. Os entrevistados contam que a maioria dos moradores eram lavradores e trabalhadores rurais. A água era obtida em minas na parte baixa da Vila, onde atualmente ficam o Cemitério da Colina e a Lagoa dos Patos. Os moradores contam que havia uma grande dificuldade de perfurar o terreno, devido aos declives do local.

A pesquisa da equipe Favela é Isso Aí revelou que a mobilização popular em busca de benefícios para a comunidade foi iniciada por moradores que fizeram grupos isolados, comissões que resultaram posteriormente na Associação de Moradores da Vila Imbaúbas. Eles começaram buscando apoio pela Igreja e, assim, conseguiram terreno para construção de uma creche. A creche foi construída com verba obtida através de bazares, mutirões, leilões e, principalmente, com a mobilização popular.

A Associação Comunitária dos Moradores da Vila Imbaúbas foi criada em junho de 1982, por Miguel Inocêncio da Silva. Em uma reunião com os moradores da vila, ele foi escolhido para coordenar a assembléia, na qual foi determinada a escolha da diretoria, sendo Miguel o primeiro presidente. Apesar de organização oficial datar da década de 1980, a mobilização por benefícios era representada informalmente pelas comissões desde os anos 60, porque os habitantes da Vila Imbaúbas perceberam que só coletivamente poderiam conquistar avanços.

Calendário

Festa Mês Dia Local
Festa de Santa Luzia Dezembro 13 Capela da Igreja Santa Luzia dentro da vila
Festa Junina – Quadrilha Junho Escola Municipal João Patrocínio e na Avenida Migu
Vila Imbaúbas
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Artistas

A pesquisa realizada pela equipe da ONG Favela é Isso Aí e correspondentes bolsistas da comunidade revelou que existem pelo menos 17 artistas solos e grupos culturais na Vila Imbaúbas. A maior parte da produção artística é na área de artesanato, somando seis cadastros (35,29%). Em segundo lugar está a música, atividade desenvolvida por cinco cadastrados da comunidade (29,41%). A área de artes plásticas é a terceira manifestação artística presente na vila conjunto, com três representantes (17,64%). Dança, teatro e folclore/religiosidade também são manifestações artísticas presentes na comunidade, com registro de um grupo/artista cada (5,88%). A maior necessidade, relatada por 13 artistas (76,47) é a de recursos materiais e financeiros para produção do trabalho artístico. Cinco (29,41%) disseram ter necessidade de espaço para produzir, ensaiar, expor e/ou apresentar seu trabalho. Cinco pessoas (29,41%) disseram ter necessidade de divulgação de seu trabalho