O projeto realizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte - MG recebeu o nome Periferias em Rede, uma vez que teve como objetivo integrar os atores sociais presentes nos 34 municípios da região, fortalecendo suas ações e contribuindo para seu reconhecimento. O projeto teve várias ações, entre as quais seminários, rodas de conversa, mapeamento cultural e publicações.
Uma de suas principais ações foi o lançamento do Premio Cultura e Direito à cidade, que teve 105 inscrições e selecionou 46 iniciativas, algumas para recebimento de premiação em dinheiro, outras para participação na Mostra Final do projeto. Houve ainda iniciativas selecionadas para participação na série em vídeo Periferias em Rede e para recebimento de certificação e diploma de reconhecimento da atuação.
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O projeto Batuquenatividade parte de ações socioculturais que fomentam expressões das artes, da oralidade e da educação não-formal, que permeiam a música, literatura, dança, artes plásticas, culinária, fotografia, crenças e costumes. Valoriza as tradições quilombolas, o intercâmbio de saberes, a aquisição de habilidades, a partilha de ideias e a criatividade coletiva.
O Cine Pipoca é formado por pessoas que já estiveram em situação de rua, o projeto foi criado com o intuito de exibir filmes para pessoas em situação de rua e desenvolve rodas de conversas após os frequentadores assistirem os filmes.
A atividade com Capoeira Angola tem 15 anos de atuação no centro de Esmeraldas e periferias, sendo uma ação educativa que busca a afirmação e a ressignificação de pessoas em situação de vulnerabilidade social do município. Recentemente a atividade inaugurou uma nova formação no conjunto habitacional Residencial Esmeraldas, fruto do Programa Minha Casa Minha Vida.
A produção do livro técnico-didático "A Rosa Leão é logo ali, a Rosa Leão é bem aqui” procura apresentar para a sociedade a história, as reivindicações, as ações sociais e culturais da Ocupação Rosa Leão em sua luta por direito à moradia e à cidade.
O Rap do Parque Ecológico acontece em Ribeirão das Neves e busca diminuir os índices de criminalidades da juventude local. Sendo protagonizado pela juventude, acontece todas as sextas-feiras, tendo como metodologia o desenvolvimento de batalhas de MC's e pocket shows com de artistas locais, geralmente jovens com poucas oportunidades de apresentação.
O Baile Funk da Serra possui uma trajetória pelo direito à cultura e arte nas periferias, sendo um importante local de fomento as novas identidades juvenis afro-brasileiras. Ao longo do tempo tornou-se espaço de referência para as juventudes de diversas periferias da cidade e da região metropolitana na formação e disseminação da cultura funk contemporânea.
Na Praça central de Nova Lima acontece a Batalha do Coreto, iniciativa independente organizada pelo Coletivo Arte das Ruas, que realiza o encontro de representantes dos elementos da Cultura Hip Hop. Tal prática visa a reinserção sociocultural de moradores da região. A ação tem como bandeira o não uso de drogas e violência.
O Circuito Metropolitano de Saraus surgiu no final de 2016 com a proposta de reunir todos os saraus e slams da RMBH para o fortalecimento e movimentação da cena existente. Asa ações do grupo são focadas na divulgação e desenvolvimento de publicações para Saraus, além da produção de eventos de fortalecimento e circulação de poetas nos espaços existentes.
Com o objetivo de fortalecer a cena de grafiteiras, a crew Minas de Minas promove o “Encontro Delas”. Nasce com a efervescência, em Belo Horizonte, de mulheres artistas, as quais vêm ganhando destaque nos muros e paredes da capital, buscando a arte na rua para imprimir seus estilos e protestar contra o racismo, machismo e violência doméstica.
Nascido ao acaso, com improviso e protagonismo do público, o projeto Garagens Periféricas, produzido pelo Ateliê Titetê, conta nos palcos histórias de descentralização cultural, desde 2014. O projeto atua no fomento ao teatro nas periferias, no estabelecimento de vínculos e protagonismo cultural da população ao transformar as garagens e casas em espaços cênicos.
História em Construção, com sede na Vila Leonina, Morro das Pedras, tem como missão promover atividades artísticas, culturais e científicas com foco em preservação da memória social; fortalecimento da identidade, do território e da cidadania de moradores de favelas; além da valorização dos intercâmbios entre moradores de favelas e outras áreas da cidade.
A Biqueira Cultural é uma biblioteca itinerante que realiza doações e trocas de livros em áreas periféricas da região metropolitana de Belo Horizonte. Teve sua primeira ação em 2016, no Sarau da Diamantina, em Ribeirão das Neves. Já em 2017 a Biqueira começou a circular em outros projetos e eventos na RMBH.
A Capoeira Arte Minas é um projeto realizado a 20 anos, de forma voluntária, com jovens, crianças e adultos, e busca ensinar os valores da ancestralidade, com base nas raízes culturais afro-brasileiras. É um projeto que valoriza e preza pela disseminação da história e cultura da capoeira.
O Cine sem Chorumelas surge da necessidade de exibição de filmes de realizadores iniciantes no audiovisual, tendo suas primeiras exibições na Praça da Jabuticaba, Contagem, em 2014. A partir da daí já estiveram em diversos outros espaços promovendo encontros, compartilhamento e trocas de experiências de produtores independentes.
A oficina de Bonecas Abayomi tem como objetivo promover o respeito à diversidade étnico-racial e o resgate aos valores da cultura negra. Abayomi significa o “encontro precioso”. A partir desta palavra, o projeto disponibiliza bonecas e bonecos negros para que crianças valorizem o brincar, desenvolvendo de forma lúdica o combate ao racismo e ao preconceito.
O projeto nasceu em 2015, a partir da demanda por conhecer a história de Ribeirão das Neves. Após a pesquisa surgiu o espetáculo e a proposta de continuidade e circulação através de apresentações e o ensino de teatro aos jovens, adolescentes e moradores da cidade.
O grupo atua desde 2014 nas ruas de Sarzedo, município da Grande BH, com a proposta de reunir jovens artistas locais por meio da declamação de textos, Poetry Slam, de performances artísticas e da vivência em skate, slackline e outras formas de ocupação do espaço público. Tem também o intuito de incentivar a leitura, a formação de redes e o protagonismo juvenil.
A Oficina Feminina de Rap teve início em 2015, em Contagem, e já circulou por Ribeirão das Neves e Belo Horizonte. O projeto desenvolve oficinas de danças urbanas, DJ e música, proporcionando formação a grupos de mulheres sobre a cultura Hip Hop. Atua em escolas públicas e centros culturais no fortalecimento e ampliação desta cultura.
O Movimento Seu Vizinho – MSV iniciou suas atividades em novembro de 2014, no Aglomerado da Serra, como um Bloco de Carnaval, o Bloco Seu Vizinho. Em agosto de 2015 abriu sua primeira Oficina de Percussão e, dois anos depois, ampliou seu campo de atuação, inaugurando uma Escola de Artes Periférica e Livre, com foco em música e produção cultural.
Mostra a diversidade cultural das periferias brasileiras
Desde 2004, com o lançamento do Guia Cultural das Vilas e Favelas de Belo Horizonte, Favela é Isso Aí vem se dedicando a pesquisar e publicar dados sobre as manifestações culturais dos territórios onde atua. Nestes mais de 15 anos já foram publicados 21 volumes.
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